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Lula promete construir “nova filosofia” econômica ao indicar novo presidente do Banco Central em entrevista ao jornal de Belo Horizonte

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista nesta sexta-feira (28) em que criticou a atuação do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e afirmou que, quando puder indicar seu sucessor, pretende construir uma “nova filosofia” para o país. Lula destacou que, mesmo com a inflação controlada em 4%, dentro da meta estabelecida, e com um colchão de reservas de R$ 355 bilhões, não vê a necessidade dos juros se manterem em patamares elevados.

Durante a entrevista ao jornal O Tempo, de Belo Horizonte, Lula ressaltou a importância de haver estabilidade econômica e afirmou que o presidente da República não deveria entrar em conflito com o presidente do Banco Central, uma vez que este foi escolhido pelo governo anterior. Segundo o ex-presidente, Campos Neto pensa de forma semelhante ao governo anterior e não está desempenhando suas funções da maneira adequada.

Lula disse que somente a partir de dezembro poderá indicar o próximo presidente do Banco Central e que escolherá alguém responsável, para evitar interferências na política monetária. Ele também criticou a taxa de juros de 10,5%, considerando-a irreal diante da atual taxa de inflação. O ex-presidente atribuiu a valorização do dólar à especulação com derivativos e cobrou do Banco Central uma investigação sobre o assunto.

O ex-presidente enfatizou que, ao poder indicar o próximo presidente do Banco Central, pretende implementar uma nova filosofia, visando melhorar a condução da política monetária e econômica do país. Lula reiterou a importância de um diálogo mais eficaz entre o presidente da República e o presidente do Banco Central, criticou a taxa de juros vigente e expressou sua preocupação com a valorização do dólar causada por especulações no mercado financeiro.

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