O ministério russo também culpou os países da Otan pelo aumento do risco de confronto, especialmente após o Kremlin ter acusado os Estados Unidos de serem responsáveis por um ataque ucraniano com mísseis na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, resultando em quatro mortes. A resposta do Ministério da Defesa russo foi observar um aumento no número de drones americanos sobrevoando o Mar Negro e acusar Washington de utilizar esses voos para ajudar a Ucrânia a atacar alvos russos.
Diante desse cenário, o ministro da Defesa, Andrei Belousov, instruiu o Exército a apresentar propostas de medidas para uma resposta operacional às provocações. Enquanto os Estados Unidos afirmam que os voos com drones no Mar Negro estão em conformidade com o direito internacional e ocorrem em um espaço aéreo neutro.
Em março de 2023, a Rússia interceptou um drone americano MQ-9 Reaper sobre o Mar Negro, gerando preocupações sobre um possível confronto direto entre as duas potências nucleares em meio à crescente tensão devido ao conflito na Ucrânia. Além disso, o Kremlin também criticou a renovação do mandato de Ursula von der Leyen e a nomeação de Kaja Kallas na UE, afirmando que isso prejudica as relações entre a UE e a Rússia, considerando as posturas não favoráveis ao Kremlin das duas figuras europeias.
Portanto, as tensões entre Rússia e Otan provocadas pelos voos dos drones americanos sobre o Mar Negro têm aumentado o risco de um confronto direto e gerado preocupações sobre a estabilidade da região.