Os pesquisadores encontraram essa nova espécie enquanto estudavam um animal semelhante, descoberto na Amazônia em 1841. Apresentando dentes perolados e marcas laranja e preta, o Myloplus sauron se diferencia por uma barra vertical preta que percorre sua lateral, lembrando o olho ardente de Sauron, de acordo com os cientistas responsáveis pela descoberta.
Um estudo recente, publicado no periódico Neotropical Ichthyology, revelou que a população anteriormente classificada como M. schomburgkii, na verdade é composta por três espécies distintas: M. schomburgkii, M. sauron e M. aylans. Detalhes fisiológicos quase imperceptíveis foram fundamentais para confirmar a separação das espécies, como o número de vértebras e raios da nadadeira dorsal, além do formato das nadadeiras anais nas fêmeas.
Embora pacus e piranhas sejam comumente associados a predadores agressivos e sedentos de sangue, a maioria dos representantes dessas espécies são onívoros e possuem uma dieta mais equilibrada, baseada principalmente em vegetais. A descoberta dessa nova espécie reforça a importância de estudos e pesquisas na região amazônica, que ainda reserva muitos mistérios a serem desvendados.
Portanto, a identificação do Myloplus sauron representa mais do que uma mera nova espécie de peixe, mas também um passo importante no conhecimento e conservação da biodiversidade amazônica, que continua a surpreender e encantar a comunidade científica e o público em geral.