OMS alerta para variante mais perigosa da mpox na República Democrática do Congo em meio a surto de transmissão intensa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma nova variante mais perigosa da mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. O surto da doença na República Democrática do Congo, desde 2022, chamou a atenção da entidade devido à intensa transmissão do vírus entre humanos, que resultou em uma mutação até então desconhecida.

Segundo dados da OMS, a taxa de letalidade da nova variante 1b na África Central é preocupante, atingindo mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, responsável pela epidemia global de mpox em 2022, registrou uma taxa de letalidade de menos de 1%. Até o momento, já são mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países, com mais de 200 mortes.

A líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, Rosamund Lewis, ressaltou a surpresa diante do rápido aumento de casos de mpox, destacando que o vírus apresenta uma transmissão exclusivamente de humano para humano. Ela alertou para a nova cepa de mpox identificada no leste da República Democrática do Congo, que apresenta mutações inéditas e preocupa os especialistas.

Rosamund também apontou que a nova variante 1b está se disseminando entre profissionais do sexo, aumentando os riscos para mulheres grávidas e reforçando a importância de medidas preventivas. A especialista não descartou a possibilidade de uma nova propagação global da mpox devido às mutações observadas, reforçando a necessidade de vigilância, detecção precoce e possível imunização contra a doença.

A mpox, uma doença zoonótica viral, apresenta sintomas como erupções cutâneas, febre, dor no corpo e pode ser transmitida através do contato com animais infectados. O período de incubação varia de três a 21 dias, e a doença pode ser contagiosa até que as crostas na pele desapareçam.

Apesar da declaração da OMS em maio de 2023 de que a mpox não configurava mais uma emergência em saúde pública internacional, os desafios para combater a doença continuam presentes. É fundamental que os países mantenham sua capacidade de teste, avaliem os riscos e ajam prontamente quando necessário, a fim de conter a propagação da variante mais perigosa da mpox.

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