ONU alerta sobre ataques aos direitos das mulheres e LGBTQIAPN+ em meio a batalha por termos controversos nas reuniões internacionais.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem se destacado por alertar constantemente sobre os crescentes ataques aos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIAPN+ em todo o mundo. Essa batalha pela igualdade enfrentada pela ONU também ocorre dentro de suas próprias reuniões, onde o uso de certos termos nem sempre é unanimidade entre os membros.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, há muito tempo vem alertando sobre os esforços sistemáticos para privar as mulheres dos direitos conquistados com tanto esforço. Em seu discurso perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU na semana passada, Türk destacou casos extremos em países como Afeganistão e Irã, mas ressaltou que o retrocesso ocorre em todo o mundo.

O representante da ILGA, Gurchaten Sandhu, também alertou sobre os esforços coordenados de vários atores para reverter a igualdade alcançada. Ele mencionou a paranoia em relação ao uso de termos de gênero nos textos da ONU.

Recentemente, o grupo de trabalho da ONU sobre a discriminação contra mulheres e meninas apresentou um relatório destacando a escalada da reação violenta contra questões de gênero e o ressurgimento de uma narrativa conservadora e retrógrada em fóruns internacionais.

Países como Rússia, China e vários países africanos têm mostrado resistência em relação a termos relacionados aos direitos de gênero nos textos. No entanto, a oposição não se resume apenas a países muçulmanos e ocidentais, já que alguns países da América Latina e do Caribe também defendem fervorosamente os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIAPN+.

A pressão de grupos antidireitos financiados por alguns países e movimentos religiosos também tem aumentado na ONU, causando uma preocupação crescente sobre a possibilidade de retrocessos nos avanços sociais conquistados nas últimas décadas. Portanto, a batalha pela igualdade de gênero e pelos direitos das minorias continua sendo um desafio constante para a ONU e seus membros.

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