De acordo com o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório Astronômico do Campus de Bauru da Unesp, o termo astronomicamente correto para descrever esse evento é conjunção, mas o uso do termo “alinhamento” é mais popular entre o público em geral. Este fenômeno não é considerado raro nem de grande interesse para a Astronomia, uma vez que os movimentos dos planetas são bem conhecidos. No entanto, a sua ocorrência varia de época para época e envolve diferentes planetas.
Langhi usa uma analogia simples para explicar o fenômeno: comparando os planetas em órbita em torno do Sol com corredores em uma pista de atletismo. À medida que os planetas se movem em suas trajetórias, em alguns momentos eles parecem ultrapassar uns aos outros, criando a ilusão de que estão alinhados a partir de um determinado ponto de vista.
Durante a observação do “alinhamento” no dia 29 de junho, será possível identificar Júpiter, o planeta mais brilhante, próximo ao horizonte, seguido por Marte de luz fraca e avermelhada, e Saturno com sua tonalidade amarela. Langhi enfatiza que essa configuração planetária logo mudará, já que os planetas continuarão seguindo suas órbitas ao redor do Sol.
Para o professor, esse fenômeno é uma ótima oportunidade para despertar o interesse do público em geral pela astronomia e pelo estudo dos fenômenos celestes. O céu sempre reserva belas surpresas para quem se aventura a olhar para cima e contemplar a imensidão do universo.
