A detecção do parasito foi possível graças a exames parasitológicos realizados nos moluscos e ao sequenciamento genético do parasito. Dos 22 caramujos analisados, um deles estava infectado. Após a confirmação, outros 15 animais, incluindo ratos, gambás e preás, estão sendo investigados para verificar a presença da infecção nos mamíferos.
Segundo a chefe do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz, Silvana Thiengo, a meningite eosinofílica é transmitida pelo caramujo Pomacea, popularmente conhecido como lolô ou aruá, mas outros moluscos podem transmitir o parasito. A população deve ter cuidado ao manusear caramujos, higienizar verduras e evitar consumir esses animais crus ou malcozidos.
Os sintomas da doença incluem dor de cabeça, rigidez na nuca e febre, além de distúrbios visuais, enjoo, vômito e parestesia persistente. Embora a maioria dos casos se resolva espontaneamente, é importante buscar acompanhamento médico, já que quadros graves podem levar à morte.
Para prevenir a infecção, é aconselhável catar manualmente os caramujos, fervê-los por cinco minutos e descartar suas conchas adequadamente para evitar a propagação do mosquito Aedes aegypti. Além disso, é fundamental não consumir moluscos crus, higienizar frutas e verduras antes do consumo e estar alerta aos sintomas da doença.
O caso em Nova Iguaçu é o terceiro de infecção humana confirmado no estado, demonstrando a importância da conscientização e prevenção em relação a essa doença grave. A população precisa estar atenta e adotar medidas de proteção para evitar a propagação do verme Angiostrongylus cantonensis.