Presidente argentino comemora aprovação de pacote de reformas econômicas e antecipa nova fase do governo com mudanças no regime monetário

O presidente argentino, Javier Milei, alcançou uma vitória importante no Congresso nesta sexta-feira (28), com a aprovação de seu pacote de reformas para liberalizar a economia, conhecido como “Lei de Bases”. Em uma entrevista ao Canal LN, Milei comemorou o marco histórico e monumental que representa essa aprovação, definindo o momento como o início de uma nova fase para a Argentina.

O presidente antecipou que novas mudanças estão por vir, incluindo uma reforma no regime monetário. Milei destacou que a Lei de Bases é um passo crucial para consolidar a situação fiscal do país, como parte de um movimento que visa avançar para a fase de zero emissões. No entanto, ele não entrou em detalhes sobre as próximas etapas.

Entre as medidas aprovadas pelo Congresso estão a concessão de poderes extraordinários a Milei por um ano, a facilitação do investimento estrangeiro, a flexibilização das leis trabalhistas e a autorização para privatizar uma série de empresas públicas. Além disso, houve a ampliação da base de contribuintes do imposto de renda.

O Fundo Monetário Internacional parabenizou a aprovação da lei, destacando a importância do controle fiscal, a redução da inflação e o apoio à recuperação econômica. A Argentina vive uma forte recessão, com números alarmantes de queda no PIB, inflação elevada e alto índice de pobreza.

Milei garantiu que a segunda fase de seu governo será focada em resolver definitivamente o problema da inflação. Sobre a dolarização, ele afirmou que isso acontecerá naturalmente, baseado na “competição de moedas”.

Apesar da recessão, o governo precisa apresentar resultados econômicos positivos para manter o apoio da população. Milei conseguiu atingir o equilíbrio fiscal no primeiro trimestre de seu governo, mas as medidas adotadas geraram protestos e greves sindicais.

Em resumo, a aprovação da Lei de Bases representa um avanço para a Argentina, mas o desafio agora é transformar essas reformas em resultados concretos que beneficiem a economia e a população do país. A pressão sobre o governo aumenta à medida que a situação econômica se torna mais crítica.

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