Iván Acosta foi sancionado pelos Estados Unidos em 2020 por administrar o apoio financeiro a Ortega e ameaçar bancos para que não aderissem a uma greve organizada pela oposição em março de 2019. Essa greve exigia a libertação dos presos políticos detidos em protestos contra o governo no ano anterior. Ortega afirma que as manifestações foram uma tentativa de golpe de Estado patrocinada por Washington.
A nomeação de Acosta para um novo cargo no governo nicaraguense acontece em um contexto de tensões políticas no país. Em 2018, manifestações contrárias ao governo de Ortega eclodiram e resultaram em mais de 300 mortos em três meses, segundo dados das Nações Unidas. O presidente da Nicarágua alega que esses protestos foram uma tentativa de golpe de Estado promovida pelos Estados Unidos.
A notícia da nomeação de Iván Acosta como gestor financeiro do governo de Daniel Ortega levanta questionamentos sobre a postura do presidente nicaraguense diante das acusações de repressão política e violações dos direitos humanos. A presença de Acosta, um ex-ministro sancionado pelos Estados Unidos, em um cargo de destaque na gestão financeira do governo, traz à tona a fragilidade da situação política na Nicarágua e a necessidade de medidas para garantir a transparência e a democracia no país.