Revolta no Stonewall Inn: A rebelião que marcou o início do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e sua história no Brasil.

No dia 28 de junho de 1969, o Stonewall Inn, um bar gay em Nova York, foi palco de um evento histórico que marcaria o início de uma revolução na comunidade LGBTQIA+. Cansados das batidas policiais e das repressões constantes, os frequentadores do bar decidiram resistir, dando início a uma série de protestos que viriam a ser reconhecidos como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

Essa data é de extrema importância para a comunidade, no entanto, é crucial reconhecer as conquistas e avanços que foram feitos no Brasil ao longo dos anos. O movimento LGBTQIA+ brasileiro tem uma história marcada por lutas e resistência, que culminaram em importantes marcos ao longo das décadas.

Desde 1959, com as tentativas de realizar congressos nacionais de homossexuais e travestis, até a criação de grupos e publicações que deram voz à comunidade nos anos 70, como o Somos e os jornais Lampião da Esquina e ChanacomChana, a luta por direitos e visibilidade só cresceu.

Na década de 80, diversos eventos marcaram a resistência da comunidade LGBTQIA+, como o protesto contra a repressão policial em São Paulo e o Levante do Ferro’s Bar, liderado por lésbicas para denunciar a censura e a perseguição.

Ao longo dos anos, avanços importantes foram conquistados, como a retirada da homossexualidade do rol de patologias em 1985 e a inclusão da proibição de discriminação por orientação sexual no Código de Ética do Jornalista em 1986.

A partir dos anos 90, surgiram as primeiras marchas e paradas do orgulho LGBTQIA+ no Brasil, como a Marcha do Orgulho no Rio de Janeiro em 1995 e a Parada LGBTI+ em São Paulo em 1997. Além disso, iniciativas como o Senale em 1996 e a campanha Travesti e Respeito em 2004 contribuíram para a visibilidade e respeito às pessoas transgênero.

A partir de 2011, com a equiparação das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo às de casais heterossexuais e a aprovação do casamento civil homoafetivo em 2013, o Brasil deu passos importantes rumo à igualdade e ao respeito à diversidade.

Em 2019, o STF classificou a homofobia e transfobia como crimes de racismo, e em 2020, decidiu pela inconstitucionalidade das restrições à doação de sangue para homens que tiveram relações sexuais com outros homens. Avanços como esses mostram que a luta da comunidade LGBTQIA+ no Brasil segue firme e forte, rumo a uma sociedade mais inclusiva e respeitosa para todos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo