A suposta implicação de Bruni pode resultar em uma acusação formal ou até mesmo em ser considerada testemunha assistida, o que significa que há indícios de envolvimento, mas não o suficiente para uma acusação direta. A data da convocação de Bruni ainda não foi especificada, porém ela já foi interrogada duas vezes pelos investigadores, primeiro como testemunha em junho de 2023 e depois como suspeita em maio.
O ex-presidente Sarkozy, que comandou a França entre 2007 e 2012, também está envolvido nesse caso. Ele foi acusado de possível manipulação de testemunhas em outubro de 2023, em uma série de processos judiciais que vêm se acumulando contra ele. A investigação visa esclarecer o testemunho controverso do empresário franco-libanês Ziad Takieddine, que inicialmente afirmou ter entregado dinheiro do ditador líbio Muammar Gaddafi à equipe de campanha de Sarkozy, mas depois se retratou.
Os investigadores suspeitam que pessoas próximas a Sarkozy possam ter influenciado Takieddine a mudar sua versão dos fatos. Uma análise das trocas de mensagens entre Bruni e Michele Marchand, conhecida como a “rainha dos paparazzi na França”, revelou que Bruni apagou todas as mensagens no dia em que Marchand foi acusada de manipulação de testemunhas em junho de 2021.
Sarkozy deverá enfrentar julgamento no início de 2025 pelas acusações de recebimento de fundos da Líbia em sua campanha presidencial, incluindo “encobrimento de desvios de verba” e “financiamento ilegal de campanha eleitoral”, negando todas as acusações.
Portanto, o caso continua a se desdobrar, com novas revelações e implicações envolvendo não apenas Sarkozy, mas também sua esposa, Carla Bruni, em uma investigação complexa e de grande repercussão na França.
