Com 24,54 milhões de votos apurados, o deputado Masud Pezeshkian conquistou 10,41 milhões, equivalente a 42% dos votos, enquanto Said Jalili, conhecido por sua participação nas negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, obteve 9,47 milhões, o que representa 38% dos votos.
Esta será a segunda vez, desde a revolução islâmica de 1979, que as eleições no Irã serão decididas em um segundo turno. Até agora, apenas uma eleição presidencial foi para o segundo turno, em 2005.
Ambos os candidatos superaram o atual presidente conservador do Parlamento, Mohamad Bagher Ghalibaf, que obteve 3,38 milhões de votos, e o quarto candidato, Mostafa Purmohammadi, que recebeu apenas 206.397 votos.
A abstenção foi um fator importante nessa primeira fase, com apenas 40% dos 61 milhões de eleitores convocados às urnas comparecendo para votar. Esta baixa participação gerou preocupações, especialmente considerando que as eleições tiveram que ser aceleradas após a morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em maio.
Com o Irã no centro de várias crises internacionais, desde sua participação na guerra em Gaza até a controvérsia em torno de seu programa nuclear, as eleições presidenciais despertam interesse global. O presidente iraniano tem poderes limitados, mas é responsável por implementar as principais políticas definidas pelo guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Portanto, a disputa entre Masud Pezeshkian e Said Jalili no segundo turno em 5 de julho será crucial não só para os rumos internos do Irã, mas também para seu papel no cenário político internacional.