Apesar das dúvidas levantadas pelo público e até mesmo um apelo do conselho editorial do New York Times para que se afastasse, nenhum líder importante do partido pediu a renúncia de Biden. Personalidades democratas proeminentes, como os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, reforçaram seu apoio irrestrito ao presidente em meio a um cenário de incertezas.
O respaldo do partido a Biden surge após sua participação instável no debate contra o candidato republicano Donald Trump. As preocupações levantadas estão relacionadas à idade de Biden, que foi evidenciada por seus lapsos e dificuldades em manter o raciocínio durante o embate.
A deputada democrata Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara, ressaltou que o foco não deve ser apenas o desempenho num debate, mas sim no desempenho de uma presidência. Ela defendeu a integridade de Biden em contraponto à desonestidade de Trump, tentando redirecionar a atenção para as inverdades proferidas pelo atual presidente durante o debate.
Uma pesquisa da CBS News apontou que quase 75% dos eleitores registrados acreditam que Biden não deveria concorrer à presidência, incluindo 46% dos democratas. Apesar disso, o senador da Geórgia, Raphael Warnock, afirmou que Biden não deve desistir da corrida e que o objetivo é garantir sua vitória em novembro, não apenas por seu benefício, mas pelo bem do país.
Enquanto Biden e sua família viajaram para a residência presidencial em Camp David para avaliar o futuro de sua campanha, a Casa Branca negou que a viagem tenha sido motivada pelo debate. Com apoio financeiro expressivo recebido após o embate, a campanha de Biden reforça seu compromisso em seguir adiante e lutar pela presidência.
Diante das críticas ao seu desempenho no debate, Biden demonstrou determinação em um discurso inflamado na Carolina do Norte, ao lado de sua esposa Jill Biden. Líderes democratas como o senador Chris Coons reconheceram o desempenho fraco de Biden, mas destacaram a importância de sua candidatura para derrotar Trump.
Ao enfrentar pressões pela renúncia, Biden encontra apoio no partido e na população, fortalecendo sua posição na corrida presidencial e reforçando sua determinação em vencer as eleições em novembro.
