Essas primeiras estimativas apontam para um segundo turno em 7 de julho, que definirá se a extrema direita alcançará a maioria absoluta na Assembleia Nacional. Caso isso ocorra, será a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que a França será governada pela extrema direita. Além disso, a ascensão desse espectro político ao poder na França poderia colocar o país sob uma tendência semelhante à que ocorreu na Itália.
A participação nas eleições foi histórica, atingindo 59,39% até o fechamento das urnas. Esse alto comparecimento reflete a importância e a polarização desse pleito. O sistema eleitoral da França torna incerto o resultado final da Assembleia Nacional, onde os três blocos formados nas eleições de 2022 continuarão, mas com uma nova dinâmica de forças.
Os desdobramentos políticos na França se tornam ainda mais incertos com a possibilidade de um governo de outra cor política compartilhar o poder com Macron. O RN já anunciou que indicará seu jovem líder emergente, Jordan Bardella, como primeiro-ministro se conquistar a maioria absoluta. Enquanto isso, o presidente Macron terá que definir sua estratégia para o segundo turno, enfrentando pressões da esquerda e da direita.
Com a França às vésperas de sediar os Jogos Olímpicos de Paris e diante de um cenário político polarizado, o resultado do segundo turno se torna ainda mais decisivo para o futuro do país. A Europa observa atentamente os desdobramentos dessas eleições, que podem ter impactos significativos em toda a região.