Cerca de 50 milhões de eleitores estão convocados a participar das eleições, que tiveram início nas assembleias de voto às 8h (horário local). Até o meio-dia, a participação já havia registrado um aumento considerável, atingindo 25,9% em comparação com os 18,4% no mesmo horário em 2022, conforme informou o Ministério do Interior.
As primeiras estimativas dos resultados do primeiro turno serão reveladas a partir das 20h, no encerramento das últimas assembleias de voto. A incógnita principal gira em torno da possibilidade de o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) conquistar a vitória e, principalmente, se conseguirá obter a maioria absoluta.
A chegada da extrema direita ao poder, pela primeira vez desde a libertação da França em 1945, acenderia um novo país na União Europeia governado por essa corrente política radical. Isso poderia resultar em mudanças significativas na política de apoio à Ucrânia promovida pelo atual presidente francês Emmanuel Macron, que se veria obrigado a compartilhar o poder com uma ideologia muito distinta da sua, a menos de um mês do início dos Jogos Olímpicos de Paris.
As propostas do partido de extrema direita incluem limitar a imigração, reforçar a “autoridade” nas escolas e reduzir as contas de luz das famílias. Com 36% das intenções de voto, o partido de Le Pen lidera as pesquisas, seguido pela Nova Frente Popular (NFP) de esquerda com 29% e pela aliança de centro-direita de Macron com 20%. A incerteza paira sobre o resultado após o segundo turno devido ao sistema eleitoral em vigor.
O ambiente político tenso refletiu-se no mercado financeiro, com a bolsa parisiense registrando perdas significativas em junho. A popularidade de Macron também foi impactada pelas eleições antecipadas. Com a pressão aumentando, resta saber como a balança do poder político na França se inclinará e quais serão as consequências dessas eleições históricas para o país.