Mulher é presa suspeita de desviar R$ 179 mil da conta bancária do avô para apostas no “Jogo do Tigrinho”

A Polícia Civil do Paraná realizou a prisão de uma mulher de 22 anos acusada de desviar R$ 179 mil da conta bancária de seu próprio avô para utilizar o dinheiro em apostas no famoso “Jogo do Tigrinho”, também conhecido como Fortune Tiger. A prisão da suspeita ocorreu na quinta-feira, dia 27 de junho, na cidade de Jussara, localizada na região noroeste do Estado.

Segundo as autoridades policiais, a jovem teria efetuado 59 saques e transferências usando o cartão bancário e a senha da conta de seu avô durante o segundo semestre do ano passado. A maior parte do montante desviado foi creditada na conta da própria suspeita e utilizada para realizar apostas no jogo de azar online, conforme informações divulgadas pela polícia.

Ao ser interrogada pelos policiais, a mulher negou as acusações e afirmou desconhecer como o valor foi parar em sua conta bancária e posteriormente utilizado nas apostas. Até o momento, a defesa da jovem não foi localizada para comentar o caso.

De acordo com o delegado Carlos Gabriel, a prisão preventiva da suspeita foi embasada nas imagens das câmeras de segurança da agência bancária que registraram a jovem realizando as transações financeiras fraudulentas.

O “Jogo do Tigrinho” é uma modalidade de cassino online que tem se popularizado no Brasil, prometendo ganhos rápidos e fáceis aos jogadores. No entanto, as autoridades têm alertado para o aumento de golpes envolvendo esse tipo de aposta, resultando em prejuízos financeiros e desdobramentos criminais para os envolvidos.

Além disso, influenciadores digitais têm utilizado suas redes sociais para promover esses jogos de apostas, chegando até mesmo a envolver crianças, o que levou o Instituto Alana a denunciar o caso ao Ministério Público de São Paulo. A prática é considerada crime e está relacionada a vários delitos, como lavagem de dinheiro e contravenção penal.

O vício em apostas é reconhecido como um transtorno pela Organização Mundial da Saúde, e os sinais de alerta incluem a necessidade constante de apostar, alterações de humor, insucesso no controle das apostas, entre outros comportamentos prejudiciais. No Brasil, estima-se que entre 1% e 1,3% da população apresente problemas relacionados ao jogo patológico.

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