Presidente queniano nega envolvimento em mortes durante protestos e promete investigação sobre os 19 mortos no incidente.

O presidente do Quênia, William Ruto, se pronunciou neste domingo, 30 de junho, afirmando que suas mãos não estão manchadas de sangue após as violentas manifestações contra o governo na última terça-feira, dia 25 de junho, que resultaram na morte de, segundo ele, 19 pessoas. Esse número divulgado pelo presidente é menor do que o registrado por organizações de defesa dos direitos humanos.

Em uma entrevista à televisão queniana, Ruto lamentou as mortes e afirmou: “As minhas mãos não estão manchadas de sangue. Segundo os números que tenho, 19 pessoas morreram. É lamentável”. Ele ainda acrescentou que haverá uma investigação para apurar as circunstâncias dessas mortes.

O presidente divulgou o primeiro balanço oficial referente a esse dia de protestos, quando manifestantes invadiram o Parlamento após a votação do projeto de orçamento de 2024-25, que previa aumentos de impostos, resultando em confrontos com a polícia.

No sábado, a ONG Human Rights Watch reportou pelo menos 31 mortes em várias cidades do Quênia, enquanto a Agência oficial de Proteção dos Direitos Humanos registrou 22 mortes. Um dia após os protestos, William Ruto retirou o projeto de orçamento que levou à revolta.

As manifestações no Quênia geraram repercussão internacional e levaram o presidente a rever suas políticas. As declarações de Ruto buscam acalmar a população e garantir que as mortes serão investigadas de forma transparente e justa. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse momento conturbado no país africano.

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