Os resultados das pesquisas mostraram a aliança de esquerda liderada pelo presidente Emmanuel Macron obtendo entre 20,5% e 23% dos votos, enquanto a Nova Frente Popular, uma coalizão de esquerda emergente, foi projetada para ter cerca de 29% dos votos. Com tal cenário, o RN aparece como o favorito para ganhar a maioria dos assentos na Assembleia Nacional francesa, embora os resultados finais dependerão do segundo turno que ocorrerá no próximo domingo.
As previsões de assentos após o primeiro turno das eleições são geralmente imprecisas, o que torna as próximas negociações políticas cruciais para definir a composição do parlamento. O presidente Macron convocou eleições parlamentares antecipadas após uma derrota de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu, visando mobilizar o eleitorado e fortalecer sua posição política.
Após a alta participação dos eleitores nas eleições, especialistas apontam para uma semana de intensas negociações entre os partidos políticos franceses em busca de alianças estratégicas para o segundo turno. A incerteza política que se instalou na França impulsionou ainda mais as tensões na Europa e provocou repercussões nos mercados financeiros.
O RN, liderado por Marine Le Pen, adotou uma estratégia de rebranding para se distanciar de sua imagem racista e antissemita, conquistando eleitores descontentes com Macron, as altas despesas do cotidiano e as preocupações crescentes com a imigração. Com uma participação de quase 60%, esse cenário eleitoral é um dos mais impactantes desde a votação legislativa de 1986, indicando um possível novo rumo político na França.
Diante desse cenário complexo e desafiador, os próximos dias serão decisivos para definir o futuro político do país e o equilíbrio de poder no parlamento. A França está diante de um momento crucial em sua jornada política, onde as decisões tomadas nas próximas semanas terão um impacto significativo no cenário europeu como um todo.