Após ficar submersa em janeiro de 2022, a canoa precisou passar por uma operação de resgate e, por determinação judicial, foi levada para Traipu. Agora, aguarda ser levada para uma oficina para ser reformada e poder voltar a navegar no rio São Francisco.
A história da canoa remonta às décadas de 1920, quando era utilizada para o transporte de mercadorias na região. Durante o período do cangaço, a embarcação era conhecida como Rio Branco e foi utilizada por Lampião não apenas para navegação, mas também para práticas de agiotagem, conforme relata o fundador e presidente da ONG Canoa de Tolda, Carlos Eduardo Ribeiro Junior.
A importância histórica da canoa é inegável, sendo a primeira embarcação tombada no Brasil e um dos dois últimos exemplares do tipo no Baixo São Francisco. Após um processo de restauração que durou 10 anos, a canoa estava pronta para ser utilizada em expedições de monitoramento ambiental, mas foi impedida devido ao incidente com a subida do nível do rio.
Diante desse contexto, a Justiça determinou que a embarcação seja removida para Penedo, onde passará por reformas e será devolvida ao seu proprietário. A canoa de tolda Luzitânia representa não apenas um patrimônio cultural e histórico, mas também uma peça única no cenário naval brasileiro, sendo um símbolo da rica e complexa tradição náutica do país.