Macron, que tem mandato até 2027, garantiu que não deixará o cargo antes do previsto. No entanto, a possibilidade de uma derrota nas eleições parlamentares significa que ele poderá ter que compartilhar o poder com um primeiro-ministro de um partido rival.
O presidente francês já havia derrotado Marine Le Pen, líder do Reagrupamento Nacional, nas eleições presidenciais de 2017 e 2022. No entanto, sua margem de vitória reduzida na última eleição refletiu a insatisfação dos eleitores com sua gestão. Macron, que promoveu uma agenda política centrista, enfrenta agora a ameaça de ver sua aliança enfraquecida.
As conquistas econômicas de Macron, como a redução do desemprego e a atratividade do país para investimentos estrangeiros, contrastam com os desafios enfrentados durante seu mandato. Desde os protestos dos Coletes Amarelos até a pandemia de covid-19 e os distúrbios de 2023, a presidência de Macron foi marcada por turbulências.
A decisão de convocar eleições antecipadas deixou a França em uma posição delicada no cenário europeu, segundo especialistas. A incerteza política preocupa parceiros internacionais e afeta a credibilidade do país nos mercados financeiros. O avanço da direita radical também é visto como um elemento que pode comprometer a imagem da França no exterior nos próximos anos.
Diante desse cenário complexo, Macron terá que enfrentar o desafio de manter sua base de apoio e consolidar sua liderança em meio a um contexto de crescente polarização política. Suas próximas decisões serão cruciais para o futuro da França e da União Europeia como um todo.
