A chegada da Hungria à presidência da UE gerou preocupações em Bruxelas devido às tendências antidemocráticas do governo de Orban e às suas relações próximas com o Kremlin, especialmente diante da crise na Ucrânia. No entanto, o clima em Bruxelas parecia “alegre” durante a cerimônia de transição com o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.
Orban afirmou que todos estavam “encantados” com a oportunidade de “tornar a Europa grande novamente”, fazendo uma referência ao slogan polêmico do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O governo húngaro se comprometeu a cumprir suas obrigações e responsabilidades durante a presidência e atuar como mediador imparcial, ao mesmo tempo em que buscará destacar sua visão da Europa e realinhar o bloco na direção desejada.
Em relação a temas sensíveis como o Estado de Direito, imigração e conflito na Ucrânia, a Hungria pretende fazer ouvir sua voz discordante, o que já causou conflitos com outros países membros da UE e resultou na suspensão de fundos europeus para o país.
Orban também anunciou sua intenção de formar uma nova aliança no Parlamento Europeu com o partido de extrema direita austríaco e o movimento centrista do ex-primeiro-ministro tcheco Andrej Babis.
Com a Hungria agora na presidência da UE, a política europeia seguirá sob intensa observação nos próximos meses, à medida que Orban busca desempenhar um papel de destaque no cenário político do bloco. A atuação do governo húngaro e suas decisões durante este período certamente terão repercussões significativas na União Europeia e nas relações internacionais mais amplas.