Inflação oficial do país continua a subir e previsão para o IPCA atinge 4% em 2024, aponta Boletim Focus do Banco Central.

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve sua previsão elevada pelo oitavo mês consecutivo, chegando a 4% para este ano. Essa estimativa foi divulgada no Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central que apresenta as expectativas das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos. Para os anos seguintes, a projeção para a inflação também subiu, passando de 3,85% para 3,87% em 2025, e para 3,6% em 2026 e 3,5% em 2027.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Apesar da estimativa para 2024 estar acima da meta, ainda está dentro da tolerância estabelecida. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, onde o CMN não precisará definir uma meta de inflação a cada ano.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento. A Selic foi mantida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) após um ciclo de aperto monetário que durou de março de 2021 a agosto de 2022. O aumento recente do dólar e das incertezas econômicas levaram o BC a interromper o corte de juros iniciado há quase um ano.

As instituições financeiras preveem que a Selic permanecerá em 10,5% ao ano até o final de 2024. Já para 2025, a expectativa é de uma redução para 9,5% ao ano, e para os anos seguintes, a previsão é de que a taxa seja reduzida ainda mais, atingindo 9% ao ano em 2026 e 2027. A redução da Selic tende a baratear o crédito, estimular a produção e o consumo, porém também pode dificultar a expansão econômica.

Além da inflação e dos juros, as instituições financeiras também projetam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 2,09%, enquanto para 2025, estima-se uma expansão de 1,98%. Em relação à taxa de câmbio, a previsão é de que o dólar encerre o ano de 2024 cotado a R$ 5,20. Já para o fim de 2025, espera-se que a moeda americana fique em R$ 5,19. Em meio a essas projeções, a economia brasileira tem enfrentado desafios e incertezas, com impactos significativos nos principais indicadores econômicos.

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