Israel liberta diretor do hospital Al Shifa em Gaza e acusado de tortura denuncia condições desumanas nas prisões.

Em uma atitude surpreendente, Israel liberou um grupo de presos palestinos, dentre eles o diretor do hospital Al Shifa da Cidade de Gaza, Dr. Mohamed Abu Salmiya. A libertação dos detidos ocorreu por meio de uma passagem de fronteira ao leste de Khan Yunis e os presos foram transferidos para centros médicos no território. Entre os liberados, cinco foram encaminhados para o Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir el Balah, sendo que os demais foram levados para hospitais de Khan Yunis.

O ministro israelense da Segurança Nacional, Ben Gvir, afirmou nas redes sociais que a libertação dos presos foi realizada e o Exército de Israel declarou que estava verificando as informações. Após sua liberação, o diretor do hospital Al Shifa afirmou ter sido submetido a graves torturas durante sua detenção, inclusive sofrendo uma fratura durante interrogatórios. O Dr. Mohamed Abu Salmiya denunciou que os prisioneiros são submetidos a diversos tipos de tortura e são privados de alimentos e medicamentos, chegando ao extremo de terem que se alimentar apenas com um pedaço de pão por dia durante meses.

Além disso, o médico destacou as humilhações físicas e psicológicas que os detentos sofrem nos centros de interrogatório. Ele enfatizou que muitos dos presos são mantidos sem acusações formais, como foi o seu caso, e que as condições das prisões são desumanas. Israel acusa o Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza desde 2007, de utilizar os hospitais com propósitos militares, enquanto o movimento islâmico nega essas alegações.

A libertação do diretor do hospital Al Shifa e de outros presos foi vista com preocupação pelo ministro israelense da Segurança Nacional, que classificou a medida como uma renúncia à segurança. No entanto, a ação foi celebrada por muitos, como evidenciado pelo abraço emocionado de vários homens a seus pais no Hospital dos Mártires de Al Aqsa. A libertação dos presos palestinos certamente gera polêmica e reflexão sobre os rumos do conflito na região.

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