Nova técnica minimamente invasiva para tratamento de câncer hepático estará disponível no SUS a partir de setembro, beneficiando pacientes.

A partir de setembro, pacientes em tratamento de câncer que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) receberão uma boa notícia: a inclusão de uma cirurgia minimamente invasiva para a retirada de tumores secundários no fígado. Essa técnica, conhecida como ablação, consiste na inserção de uma agulha no tumor com o auxílio de equipamentos de tomografia ou ultrassom, e ao atingir o tumor com temperatura acima de 60º graus, as células cancerígenas são destruídas.

Essa novidade já estava disponível para pacientes de planos de saúde desde maio passado, quando a Agência Nacional de Saúde (ANS) incluiu o procedimento em suas diretrizes. Agora, com a portaria que regula a cobertura obrigatória do procedimento no SUS, pacientes com metástases hepáticas de câncer colorretal, irressecáveis ou ressecáveis com alto risco cirúrgico, com tumores de até 4 centímetros, poderão se beneficiar dessa técnica.

O presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), Denis Szejnfeld, comemora a inclusão da ablação no SUS, além de destacar um novo estudo que comprova a eficácia e vantagens desse procedimento. Segundo ele, a ablação apresenta custo menor, menor morbidade e menos tempo de internação em comparação com a cirurgia convencional.

Apresentado no último encontro da American Society for Clinical Oncology (ASCO), o estudo chamado Collision testou a ablação em pacientes com até 10 nódulos de até 3 centímetros, com resultados muito positivos quando comparados com a cirurgia convencional. Menor mortalidade, menos tempo de hospitalização e menor risco de infecções pós-operatórias foram alguns dos benefícios observados.

A expectativa é que a portaria que regulamenta o procedimento seja publicada em breve, incluindo os equipamentos necessários para sua realização. A tecnologia da ablação traz esperança para pacientes com metástases no fígado, além de representar uma alternativa menos invasiva, com menor custo e melhores resultados em comparação com a cirurgia convencional. Com a chegada dessa técnica inovadora ao SUS, mais pacientes terão acesso a um tratamento eficaz e menos agressivo para o câncer de fígado e outras regiões do corpo.

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