Ele ressaltou a necessidade de interromper o fluxo de migrantes que atravessam a fronteira com a Colômbia, especialmente após meio milhão de pessoas terem passado pelo local em 2023. Para reforçar seu compromisso, o novo chanceler Javier Martínez-Acha assinou um acordo com o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, no qual os EUA se comprometeram a financiar as repatriações de migrantes ilegais que passam pelo território panamenho.
Além disso, Mulino expressou sua intenção de revitalizar a economia panamenha, que é fortemente dependente do canal interoceânico do país. Em um acordo firmado com Mayorkas, os Estados Unidos também se comprometeram a apoiar o Panamá com equipes, transporte e logística contra fluxos migratórios irregulares.
O presidente panamenho revelou que recebeu um país em crise econômica, com déficit fiscal, alta dívida pública e um sistema de segurança social em colapso. Ele prometeu implementar um plano econômico que inclui austeridade nos gastos, obras públicas e atração de investimentos para recuperar a confiança dos mercados internacionais no país.
Mulino também destacou a importância de garantir o abastecimento de água no Canal do Panamá, que representa 6% do PIB panamenho. Além disso, ele se comprometeu a limpar a imagem do país diante do escândalo do “Panama Papers”, que prejudicou a reputação internacional do Panamá.
A relação do novo governo panamenho com os Estados Unidos e as estratégias para lidar com a crise migratória e econômica serão temas fundamentais durante o mandato de Mulino, que busca fortalecer sua administração em meio a desafios complexos e o histórico político conturbado do país.