Com mais de 65,5% de franceses votando, a maior participação desde 1981, o RN conquistou 33% dos votos, enquanto a coalizão centrista de Macron ficou em terceiro lugar, com mais de 20%. Com o segundo turno marcado para o dia 7, surge a expectativa de uma possível maioria absoluta do RN no Parlamento, o que poderia levar o partido a formar um governo e eleger seu presidente, Jordan Bardella, como primeiro-ministro.
Macron apelou por uma união ampla contra a extrema direita no segundo turno, enquanto autoridades russas analisam os resultados das eleições francesas em conjunto com outros eventos políticos internacionais. Para Vyacheslav Volodin, presidente da Duma russa, a derrota de Macron reflete as dificuldades enfrentadas pelos líderes em exercício, citando o recente desempenho de Joe Biden nos EUA.
Analistas russos mostram ceticismo sobre uma mudança iminente nas relações entre a Rússia e o Ocidente após as eleições na França. O vice-presidente do Conselho da Federação Russa, Konstantin Kosachev, considera que os resultados do primeiro turno refletem um voto de desconfiança em Macron e em seu curso político, sinalizando um protesto significativo por parte dos eleitores franceses.
Apesar da incerteza sobre o desfecho das eleições francesas, as relações entre Paris e Moscou não devem sofrer grandes alterações. O presidente Macron demonstrou apoio à Ucrânia, o que tem gerado tensões com a Rússia. Os líderes do RN, em uma possível vitória, garantem não hesitar em manter o respaldo francês aos ucranianos, sinalizando que as tensões geopolíticas entre Rússia e França devem persistir no cenário internacional.