Uma adesão surpreendente foi a dos servidores do Ceará, que, mesmo inicialmente contrários à greve, resolveram se juntar ao movimento paredista nesta segunda-feira. Em contrapartida, o estado de Pernambuco não aderiu, e sobre a situação de Sergipe, a Ascema Nacional não forneceu informações.
Já havia indícios da possibilidade de greve por parte dos servidores desde a primeira quinzena de junho, quando o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) encerrou as negociações salariais iniciadas no final de 2023. O MGI afirmou que o governo atingiu o limite máximo, do ponto de vista orçamentário, em relação ao que poderia oferecer aos servidores, propondo reajustes salariais entre 19% e 30% para a categoria.
Os trabalhadores reivindicam uma valorização salarial e a reestruturação da carreira, com o objetivo de reduzir as disparidades nos vencimentos entre as carreiras de nível médio e superior. A Ascema Nacional destacou que os servidores ambientais enfrentam um grande desestímulo devido à discrepância entre as responsabilidades exercidas e a remuneração recebida.
Em relação à greve, a Ascema informou que os servidores de autarquias como Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima aderiram à paralisação. A reportagem tentou contato com o MGI para obter uma declaração sobre a situação, mas até o momento não obteve resposta.
Diante desse cenário de mobilização dos servidores do meio ambiente, a equiparação salarial com outras carreiras do serviço público se torna um ponto crucial para a valorização e o reconhecimento desses profissionais. A luta por melhores condições de trabalho e remuneração parece ser uma demanda legítima e necessária para o setor ambiental.