Antes de se entregar, Bannon fez declarações ousadas, afirmando que ficaria mais poderoso atrás das grades. Nas semanas que antecederam sua prisão, ele usou seu podcast para criticar a justiça, prometer vingança ao Departamento de Justiça e seus rivais, e se colocar como um mártir moderno, vítima de um sistema contra ele e seus aliados políticos.
Mesmo diante da iminência da prisão, Bannon não escondeu sua apreensão e tentativa de evitar a detenção até o último minuto. Ele estava preocupado com as limitações que enfrentaria na prisão, como a falta de acesso à internet, restrição nas ligações telefônicas e a impossibilidade de trabalhar na campanha de Trump.
Considerado um dos principais nomes por trás da vitória de Trump em 2016, Bannon teve um papel importante nos eventos que levaram ao ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. Sua colaboração com o inquérito era considerada essencial, porém, ele relutou em depor, seguindo ordens de Trump.
Apesar de seu podcast e entrevistas recentes, analistas apontam que a influência de Bannon sobre Trump não é clara. Bannon foi demitido do cargo de conselheiro presidencial em 2017, mas permaneceu próximo do ex-presidente. Além disso, analistas veem semelhanças entre as ideias defendidas por Bannon e o discurso de Trump.
Bannon não é o único aliado de Trump a enfrentar problemas legais relacionados ao ataque ao Capitólio. Outro ex-assessor, Peter Navarro, também foi condenado por desacato ao Congresso e se prepara para cumprir pena. Os desdobramentos dessas prisões seguem gerando polêmica e mobilizando a opinião pública nos Estados Unidos.
