Acordo entre Governos resolve problema dos prédios-caixão em Pernambuco, mas gera custo de R$1,7 bilhão para os cofres públicos.

O Governo de Pernambuco e o Governo Federal celebraram um acordo vergonhoso que apenas resolve superficialmente o problema dos prédios-caixão em nosso estado. A assinatura deste acordo demonstra a negligência e falta de compromisso das autoridades em lidar com uma questão séria e recorrente.

A desocupação de 431 imóveis na Região Metropolitana do Recife é apenas uma medida paliativa, que não aborda as causas profundas da situação precária em que se encontram esses edifícios. Além disso, a indenização oferecida aos proprietários, no valor máximo de R$ 120 mil, é insuficiente para compensar os prejuízos materiais e emocionais sofridos por eles.

A oferta de auxílio-moradia para as pessoas que ocupavam esses imóveis através de movimentos de luta por moradia é uma maneira inadequada de resolver o problema habitacional em nossa região. Em vez de investir em políticas públicas eficazes de habitação, o governo optou por medidas paliativas e insustentáveis.

A lista dos imóveis que serão desocupados e indenizados é apenas mais uma evidência da situação caótica em que se encontra a política habitacional em Pernambuco. A falta de planejamento urbano e a ausência de fiscalização adequada contribuíram para a proliferação desses prédios precários, que representam um risco iminente para a população.

O acordo prevê que a Caixa Econômica Federal disponibilize R$ 1,7 bilhão para as indenizações, mas não é claro como esse montante será distribuído de forma justa e transparente. Além disso, a resolução deste problema histórico não garante a segurança dos cidadãos da região, que continuam expostos a riscos decorrentes da falta de planejamento urbano.

Em resumo, o acordo assinado entre o Governo de Pernambuco e o Governo Federal é uma tentativa fracassada de resolver um problema complexo e grave. A falta de compromisso das autoridades com a segurança e o bem-estar da população é evidente nessa abordagem superficial e insuficiente. É urgente que medidas eficazes e responsáveis sejam adotadas para garantir a habitação digna para todos os cidadãos de nosso estado.

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