Candidatos retiraram suas candidaturas para evitar maioria absoluta da extrema direita nas eleições legislativas na França.

Nesta terça-feira (2), mais de 200 candidatos a deputado na França retiraram suas candidaturas para o segundo turno das eleições legislativas. Essa movimentação ocorre em meio a um amplo esforço da oposição de esquerda e do partido no poder para evitar uma maioria absoluta da extrema direita, representada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen.

O primeiro-ministro de centro direita, Gabriel Attal, destacou a importância de impedir que a extrema direita conquiste a maioria absoluta. Essa ascensão representaria um marco na história da França, que se libertou da ocupação nazista, e também na União Europeia, com a entrada de mais um país governado por esta corrente.

Diversas personalidades e grupos têm se manifestado contra a extrema direita, como a cantora Aya Nakamura e um coletivo de rappers que lançou uma música de protesto. A estratégia da oposição de construir uma “frente republicana” contra a extrema direita tem dividido a aliança de centro direita do presidente Emmanuel Macron.

A escolha dos 577 deputados na França ocorre em círculos eleitorais com um sistema de dois turnos. Com mais de 300 segundos turnos com três ou mais candidatos, a pressão e a retirada de candidaturas têm sido intensas.

Alguns membros da coalizão de Macron resistem à estratégia da “frente republicana”, argumentando que consideram a esquerda radical tão perigosa quanto a extrema direita. A possibilidade de uma “grande coalizão” ganha força no debate público, mas a participação de alguns partidos ainda é incerta.

Os resultados do primeiro turno demonstraram a força do RN e de seus aliados, seguidos pela NFP e pela coalizão no poder. As eleições na França têm despertado interesse internacional, com países como Espanha, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia acompanhando de perto.

Com a popularidade de Macron em declínio, as eleições legislativas podem redefinir o cenário político na França e impactar suas relações internacionais. A busca por evitar uma maioria absoluta da extrema direita mantém a tensão e a incerteza sobre os rumos do país.

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