O primeiro-ministro de centro direita, Gabriel Attal, destacou a importância de impedir que a extrema direita conquiste a maioria absoluta. Essa ascensão representaria um marco na história da França, que se libertou da ocupação nazista, e também na União Europeia, com a entrada de mais um país governado por esta corrente.
Diversas personalidades e grupos têm se manifestado contra a extrema direita, como a cantora Aya Nakamura e um coletivo de rappers que lançou uma música de protesto. A estratégia da oposição de construir uma “frente republicana” contra a extrema direita tem dividido a aliança de centro direita do presidente Emmanuel Macron.
A escolha dos 577 deputados na França ocorre em círculos eleitorais com um sistema de dois turnos. Com mais de 300 segundos turnos com três ou mais candidatos, a pressão e a retirada de candidaturas têm sido intensas.
Alguns membros da coalizão de Macron resistem à estratégia da “frente republicana”, argumentando que consideram a esquerda radical tão perigosa quanto a extrema direita. A possibilidade de uma “grande coalizão” ganha força no debate público, mas a participação de alguns partidos ainda é incerta.
Os resultados do primeiro turno demonstraram a força do RN e de seus aliados, seguidos pela NFP e pela coalizão no poder. As eleições na França têm despertado interesse internacional, com países como Espanha, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia acompanhando de perto.
Com a popularidade de Macron em declínio, as eleições legislativas podem redefinir o cenário político na França e impactar suas relações internacionais. A busca por evitar uma maioria absoluta da extrema direita mantém a tensão e a incerteza sobre os rumos do país.