Após o primeiro turno das eleições, que ocorreu em 30 de junho e teve o RN e seus aliados vencendo com um terço dos votos, as projeções indicam que eles podem alcançar uma maioria absoluta de 289 deputados. Diante desse cenário, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron reativaram a “frente republicana”, visando isolar a extrema direita e impedir sua vitória em cada circunscrição.
A estratégia dos partidos rivais do RN foi retirar seus candidatos que ficaram em terceiro lugar em cada circunscrição, aumentando as chances do outro candidato “republicano” em um duelo no segundo turno contra um ultradireitista. Essa tática de alianças visa impedir uma possível vitória da extrema direita e fortalecer as outras forças políticas no país.
Apesar das críticas do candidato ultradireitista a primeiro-ministro, Jordan Bardella, sobre as “alianças de desonra”, a retirada de candidaturas reduziu o número de segundos turnos com três ou mais candidatos para 110. O debate público na França também começa a mencionar a possibilidade de uma “grande coalizão” entre os blocos opositores ao RN, caso algum deles consiga a maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Porém, o partido França Insubmissa (LFI), considerado “extremista” por parte do governismo, descartou a participação em uma eventual grande coalizão. O cenário político na França segue em transformação e as eleições legislativas prometem ser disputadas e marcadas por alianças estratégicas para evitar uma vitória da extrema direita.
