Manssur confirmou que o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, relatou um pedido de vantagem financeira por parte dos membros da CPI, mas ressaltou que não tinha como verificar a veracidade dessa informação. O ex-assessor foi chamado a depor por meio de um requerimento apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), em resposta a uma matéria da revista Veja que mencionava um possível pedido de R$ 35 milhões feito pelo deputado Felipe Carreiras (PSB-PE) à associação.
Durante seu depoimento à CPIMJAE, Manssur revelou ter aconselhado Cardia a não ceder a nenhuma pressão financeira e a relatar imediatamente qualquer pedido suspeito. Ele destacou ter levado todos os fatos à Ouvidoria do Ministério da Fazenda e ao chefe de gabinete do ministro Fernando Haddad, que orientou encaminhar o caso à Justiça.
Além disso, Manssur defendeu a atuação do Ministério da Fazenda no controle e tributação das apostas online, ressaltando a necessidade de regulamentação do setor para evitar problemas como a lavagem de dinheiro. Ele também apoiou a criação de uma agência reguladora do setor de apostas, composta por representantes dos Poderes da República e da sociedade civil, para fortalecer a fiscalização e combater desvios.
O ex-assessor expressou preocupação com a manipulação de resultados esportivos e apontou a importância de controlar o comportamento dos atletas e investigar apostas suspeitas. Manssur também abordou a evasão fiscal envolvendo empresas de apostas sediadas no exterior, destacando a necessidade de mais controle sobre as operações de câmbio.
Este depoimento de José Francisco Manssur à CPIMJAE levanta questões sérias sobre a integridade do sistema de apostas esportivas no Brasil e destaca a importância de uma investigação rigorosa para garantir a transparência e a legalidade nesse setor tão sensível. A sociedade aguarda ansiosamente as próximas etapas dessa investigação e as medidas que serão tomadas para garantir a lisura das apostas esportivas no país.
