O juiz Eduardo Balbone Costa, responsável pela decisão, destacou que Alicia se aproveitou de sua posição como presidente da comissão de formatura para desviar o dinheiro arrecadado ao longo de vários meses, visando obter lucro pessoal com a especulação desse capital. Ele ressaltou que a jovem traiu a confiança dos colegas ao praticar o estelionato contra pessoas que confiavam nela para organizar a festa de formatura.
O caso veio à tona no início de 2023, quando as investigações apontaram que Alicia utilizou o dinheiro desviado para benefício próprio, incluindo a compra de celulares, relógios, aluguel de carros e despesas com apartamentos. A polícia observou um aumento no padrão de vida da jovem em um curto período de tempo, levando à revelação do desvio dos fundos da formatura.
A acusação por estelionato foi feita pelo Ministério Público em março do ano anterior. Segundo a denúncia, Alicia teria praticado o crime por oito vezes e tentado em uma nona ocasião, que acabou não se concretizando. A jovem teria pedido à empresa responsável pela festa para transferir o dinheiro da comissão para sua própria conta em oito ocasiões, totalizando o valor desviado de quase R$ 1 milhão.
A defesa de Alicia não se pronunciou sobre a condenação até o momento. A jovem admitiu aos colegas de turma ter utilizado o dinheiro da formatura para gastos pessoais e jogos em casas lotéricas na tentativa de recuperar o montante perdido. Além disso, Alicia também foi alvo de outra investigação por suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato relacionado a apostas em uma lotérica.