A crise atual na Bolívia é considerada a pior desde o “milagre econômico”, ocorrido em 2006, quando o governo do presidente socialista Evo Morales nacionalizou a indústria do gás. Essa medida, que antes impulsionava a economia do país, agora parece ter se voltado contra a população, que sofre com a falta de combustível para suas atividades cotidianas.
Para Salluco e outros motoristas, como Claudio Laura, a situação é de total desespero. Eles dependem do diesel para transportar passageiros entre a Bolívia e o Chile, mas se veem impossibilitados de cumprir suas funções devido à escassez atual. As longas filas nos postos de gasolina se tornaram rotina e a espera é cada vez mais cansativa e incerta.
O governo boliviano, liderado por Luis Arce, tenta conter a crise enviando militares para garantir o abastecimento nos postos e evitar o contrabando de combustível. No entanto, os rumores de escassez que circulam nas redes sociais têm gerado um excesso de demanda, agravando ainda mais a situação.
Enquanto o país enfrenta a redução nas exportações de gás e a queda nas reservas em dólares, a população tenta lidar com os impactos diretos desse cenário. Com a inflação em alta e restrições nos saques de dólares, a Bolívia se vê diante de uma crise sem precedentes, que afeta diretamente a vida de seus cidadãos.
Diante desse cenário, Gerardo Salluco e tantos outros bolivianos se veem obrigados a enfrentar uma dura realidade: a escassez de recursos básicos para o seu sustento diário, enquanto o país tenta encontrar soluções para contornar essa crise econômica que assola a nação.
