Governo de Biden deporta migrantes chineses em voo charter em meio a aumento do fluxo na fronteira dos EUA.

O governo do presidente Joe Biden realizou, pela primeira vez desde 2018, a deportação de migrantes para a China. O voo charter de deportação ocorreu no último fim de semana e foi feito em colaboração com as autoridades chinesas, conforme divulgado pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Segundo dados oficiais, de outubro até o final de maio, mais de 31.000 migrantes chineses foram interceptados pela Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos ao tentarem atravessar ilegalmente a fronteira com o México. Esse número representa um aumento significativo em relação a 2022, sendo 15 vezes maior.

O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, reforçou que o governo continuará aplicando as leis de imigração e deportando pessoas que não têm base legal para permanecer nos Estados Unidos. Ele ressaltou a importância de não acreditar nas mentiras disseminadas pelos traficantes de pessoas.

As autoridades chinesas e americanas estão trabalhando em conjunto para reduzir e dissuadir a migração irregular e combater o tráfico humano. Essa ação faz parte da estratégia do governo de Biden para lidar com a questão da imigração, um assunto central nas eleições presidenciais que ocorrerão em novembro nos Estados Unidos.

Os republicanos têm criticado a postura de Biden em relação à imigração, acusando-o de não tomar medidas suficientes para conter a chegada ilegal de migrantes. Em resposta, o governo democrata assinou uma ordem executiva que autoriza o fechamento da fronteira com o México para os migrantes que solicitarem asilo quando houver mais de 2.500 cruzamentos irregulares em média por sete dias.

Essa medida resultou em uma redução significativa no número de interceptações em sete dias, levando a mais de 120 voos internacionais de repatriação para mais de 20 países, incluindo a China. A ação do governo dos Estados Unidos recebeu apoio do Equador, que passou a exigir vistos para portadores de passaportes chineses devido à exploração dessa rota por traficantes de pessoas.

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