Entretanto, mesmo com a melhora no cenário epidemiológico, Minas Gerais permanece no topo do ranking nacional em números absolutos, com um total de 1.655.210 casos prováveis da doença desde o início do ano. O estado ainda apresenta o segundo maior coeficiente de incidência do país, com 8.059 casos para cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que registra um índice de 9.628.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, Minas Gerais já confirmou 753 mortes por dengue somente este ano. Adicionalmente, há 735 óbitos em investigação pela doença. A taxa de letalidade entre os casos graves no território mineiro é de 5,82. Em relação ao perfil dos pacientes afetados, a maioria dos casos foi registrada em mulheres (55,8%) e a faixa etária mais atingida pela doença é entre 20 e 29 anos.
A explosão de casos de dengue em janeiro levou Minas Gerais a decretar emergência em saúde pública logo no início do ano, visando facilitar o acesso a recursos federais e agilizar os processos de combate à doença. O estado também implementou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses) para promover uma resposta coordenada no Sistema Único de Saúde (SUS).
Até o início de junho, Minas Gerais contabilizava 267 decretos municipais de situação de emergência em saúde pública decorrentes das arboviroses, que além da dengue, englobam zika, chikungunya e febre amarela, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Portanto, mesmo com o fim da situação de emergência, a luta contra as arboviroses continua sendo uma prioridade no estado mineiro.
