Governo federal lança novo edital do Programa Mais Médicos com cotas para grupos étnico-raciais e pessoas com deficiência

O governo federal anunciou uma grande novidade em relação ao Programa Mais Médicos. O novo edital do programa terá cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, indígenas e quilombolas. Essa iniciativa visa proporcionar uma maior diversidade e representatividade na área da saúde, além de priorizar regiões que são consideradas prioritárias e de vulnerabilidade social.

De acordo com as informações divulgadas, serão abertas mais 3,1 mil vagas destinadas para esses grupos específicos. Além disso, o edital vai conceder uma bolsa-formação no valor de R$ 14.058 por mês, por até 48 meses. Os percentuais de vagas para as cotas seguirão as normas estabelecidas para concursos públicos, com um mínimo de 20% para cotas étnico-raciais e 9% para pessoas com deficiência.

Entre os estados beneficiados está a Bahia, que receberá 248 médicos do programa. A expectativa do Ministério da Saúde é que o novo edital beneficie cerca de 10,6 milhões de brasileiros, ampliando o acesso à saúde em regiões carentes.

Os interessados em participar da seleção do Mais Médicos devem se enquadrar em uma das seguintes categorias: profissionais brasileiros, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, todos com registro no Ministério da Saúde. Vale ressaltar que os médicos brasileiros com formação nacional terão preferência na seleção.

Uma outra novidade relevante é referente à validação dos diplomas. Agora, brasileiros e estrangeiros formados no exterior poderão atuar no programa por quatro anos sem a necessidade de revalidar seus diplomas, desde que tenham registro para atuar no país de formação. Após esse período, será exigido o Revalida para continuidade no programa.

Essas mudanças implementadas em 2023 fizeram com que o número de profissionais inscritos no programa atingisse um recorde, com 25 mil médicos distribuídos por todo o país. Esses profissionais desempenham um papel fundamental no atendimento de regiões remotas e desassistidas, sendo maioria em áreas como as indígenas, onde representam 85% dos profissionais atuantes.

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