Israel bombardeia Gaza e força evacuação de moradores em meio a novos ataques na Faixa palestina devastada pela guerra.

Nesta terça-feira, Israel desencadeou bombardeios na Faixa de Gaza, seguindo ordens de evacuação que obrigaram centenas de milhares de moradores a fugirem de diversas áreas do sul do território palestino. Testemunhas e correspondentes da AFP relataram vários ataques aéreos em Khan Yunis e seus arredores, no sul do território. Os bombardeios resultaram na morte de oito pessoas e mais de 30 feridos em Khan Yunis e Rafah, de acordo com informações de fontes médicas e do Crescente Vermelho.

O Exército israelense informou que as operações continuam em curso em Khan Yunis, Rafah e no centro da Faixa de Gaza, após ordenar uma nova retirada de áreas do sul. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina alertou que quase 250 mil pessoas foram afetadas pela medida no sul da Faixa de Gaza.

A situação no território é dramática, com famílias inteiras fugindo em meio aos destroços de Khan Yunis, a pé ou em veículos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu que o Exército enfrenta um “combate difícil” em Gaza, após quase nove meses de guerra intensa provocada por um ataque do Hamas em outubro passado.

Desde então, o conflito resultou em mais de 37.925 mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas. As negociações para um cessar-fogo continuam paralisadas, enquanto as operações militares seguem realizadas em várias regiões, forçando a população a se deslocar em busca de segurança.

A catástrofe humanitária na Faixa de Gaza tem sido uma preocupação crescente, com escassez de água e alimentos, além de milhares de crianças sofrendo de desnutrição. Israel libertou recentemente dezenas de prisioneiros palestinos, gerando controvérsias e acusações de tortura por parte de alguns detidos.

Apesar dos esforços para pôr fim ao conflito, a violência persiste e a população civil continua sendo a mais afetada. A comunidade internacional acompanha a situação com apreensão, enquanto as consequências humanitárias se agravam no território palestino.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo