Junho de 2024: Pantanal registra a maior área queimada da história, com mais de 411 mil hectares consumidos em 30 dias.

No mês de junho deste ano, o Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul enfrentou a maior média de área queimada desde 2012, de acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em apenas um mês, mais de 411 mil hectares foram consumidos pelo fogo, superando em muito a média histórica de oito mil hectares. Essa área queimada em junho foi maior até mesmo do que a média histórica de setembro, que costuma ser de 406 mil hectares.

Nesta terça-feira (2), o total de área atingida em 2024 já chegou a 712.075 hectares, o que representa 4,72% do bioma do Pantanal. A situação tem preocupado as autoridades ambientais e governamentais, levando a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a afirmar que a causa desse cenário crítico é uma combinação de ações humanas, incluindo focos de incêndio provocados pela atividade humana e áreas desmatadas que facilitam a propagação do fogo. A Polícia Federal está investigando a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio na região.

No boletim divulgado, o Ministério do Meio Ambiente alerta que a dificuldade de controle dos incêndios no Pantanal em 2024 é a pior desde 2023, devido a fatores climáticos extremos que geraram a seca mais severa dos últimos 70 anos. A situação é alarmante, com 85,22% da área queimada localizada em propriedades privadas.

Atualmente, 34 frentes de combate ao fogo estão atuando na região, com a mobilização de mais de 500 pessoas entre os governos federal e estadual de Mato Grosso do Sul. Desde janeiro, o governo federal vem realizando ações de planejamento e aquisição de equipamentos, além de declarar emergência ambiental no Pantanal como medida preventiva em abril. A situação é preocupante e requer esforços conjuntos para controlar os incêndios e proteger o bioma do Pantanal.

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