Meio século do Paradoxo de Easterlin: A jornada da felicidade na economia e na ciência ao longo de décadas

O conceito do “paradoxo de Easterlin” completa meio século este ano, trazendo à tona uma questão essencial no campo da ciência da felicidade e da economia. Em 1974, o economista britânico Richard Easterlin publicou um artigo que questionava se o crescimento econômico realmente melhorava a condição humana, destacando uma anomalia: as pessoas, uma vez que suas necessidades básicas eram atendidas, não demonstravam maior felicidade em países com rendas muito distintas.

Ao longo das décadas, esse paradoxo foi observado em países com um significativo crescimento do PIB, como Japão e Estados Unidos pós-guerra, onde o bem-estar emocional não acompanhava o aumento de riqueza. Esse fenômeno impulsionou o crescimento dos estudos sobre felicidade, resultando na criação de institutos, revistas acadêmicas especializadas e até ministérios e programas governamentais dedicados a aumentar a felicidade dos cidadãos.

Recentemente, o “Relatório Mundial de Felicidade” foi divulgado, revelando mudanças nas tendências de bem-estar emocional ao longo da vida. Surpreendentemente, a felicidade dos jovens adolescentes vem diminuindo desde o início do século XXI, acentuada durante a pandemia.

Os 10 países mais felizes do mundo permanecem, com poucas alterações, destacando-se a Finlândia como líder. Por outro lado, países como Estados Unidos e Alemanha caíram posições, enquanto a Argentina subiu, segundo pesquisas recentes.

A relação entre felicidade e bem-estar é evidente, com estudos mostrando que até “fingir” um sorriso pode melhorar o humor. No entanto, a “ciência da felicidade” é criticada no meio acadêmico devido à subjetividade do tema e problemas metodológicos.

No Japão, surgiu uma “contra escola” que promove o choro como ferramenta terapêutica, sustentando que o choro semanal reduz o estresse. Essa prática tem respaldo em estudos que indicam que chorar libera endorfinas e promove a sensação de bem-estar. Assim, promover o choro pode ser uma poderosa ferramenta para melhorar a saúde emocional e física.

A busca pela felicidade é um tema central na vida das pessoas, e a compreensão de suas diversas facetas é fundamental para promover o bem-estar e a qualidade de vida dos indivíduos. O caminho para a felicidade pode se revelar em práticas inusitadas e até controversas, mas o importante é buscar o equilíbrio emocional e o bem-estar pessoal.

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