A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou em audiência pública realizada nesta terça-feira (2) que as cinco Rotas da Integração Sul-Americana, previstas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), podem entrar em funcionamento até 2028. O objetivo principal dessas obras é facilitar o escoamento da produção brasileira por meio de portos no Oceano Pacífico, tornando o Brasil mais competitivo no mercado global.
Durante a audiência, Simone Tebet destacou a importância das cinco rotas, que abrangem 11 estados brasileiros que fazem fronteira com países sul-americanos, envolvendo um total de 190 projetos, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, infovias e linhas de transmissão de energia. Segundo a ministra, a implementação dessas rotas trará um cenário econômico completamente diferente, colocando o Brasil em destaque no mercado internacional, especialmente na fronteira agrícola.
As Rotas da Integração Sul-Americana foram divididas em cinco principais trajetos, cada um destinado a facilitar a exportação e importação de diferentes produtos para diferentes regiões, como alimentos, máquinas, equipamentos e bens de consumo. A ministra acredita que essas rotas vão revitalizar as exportações brasileiras, especialmente para o mercado asiático, que hoje é responsável por mais de 80% das exportações do país.
Para viabilizar esses projetos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se comprometeu a abrir linhas de financiamento no valor de US$ 10 bilhões, dos quais US$ 3 bilhões serão destinados a estados e municípios brasileiros e os US$ 7 bilhões restantes serão direcionados para obras nos demais países do continente.
A audiência pública que discutiu as Rotas da Integração Sul-Americana foi sugerida pelos presidentes da Comissão de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado. Os senadores presentes destacaram a importância dessas rotas para melhorar a infraestrutura do país e impulsionar o desenvolvimento econômico regional e internacional. A interligação das rotas foi elogiada pelos parlamentares como um passo fundamental para garantir a competitividade do Brasil no cenário mundial.
