Porta-voz do governo argentino nega desvalorização do peso em meio a disparada do dólar e busca zerar déficit fiscal.

Em uma coletiva de imprensa realizada na Casa Rosada, o porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, negou veementemente quaisquer planos de desvalorização do peso argentino em relação ao dólar. A declaração veio em meio a mais um dia de fortes oscilações no mercado cambial argentino, com o dólar atingindo novos recordes históricos.

Apesar dos esforços do governo em transmitir confiança e estabilidade econômica, os investidores demonstraram desconforto com as medidas anunciadas pelo ministro da Economia, Luis Caputo, na última sexta-feira. O pacote econômico, descrito como a “segunda etapa do plano de estabilização”, prevê a transferência da dívida do Banco Central para o Tesouro, com o objetivo de eliminar o financiamento monetário do passivo, em consonância com as demandas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, a falta de clareza sobre a política cambial, particularmente em relação ao fim das restrições conhecidas como “cepo”, causou descontentamento nos mercados financeiros. Diversos veículos da imprensa local apontaram a ausência de um plano específico para lidar com essas questões, o que contribuiu para a incerteza e a volatilidade no câmbio argentino.

Com o dólar em alta, os argentinos e investidores aguardam por sinais claros do governo em relação às medidas econômicas e cambiais a serem adotadas para estabilizar a economia do país. A expectativa é de que as autoridades argentinas consigam transmitir segurança e solidez para acalmar os ânimos do mercado e retomar um cenário de crescimento econômico sustentável.

Nesse contexto de instabilidade econômica e cambial na Argentina, o desafio das autoridades será encontrar um equilíbrio entre as demandas internas e externas, promovendo uma política econômica sustentável e capaz de impulsionar o desenvolvimento do país.

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