Apesar dos esforços do governo em transmitir confiança e estabilidade econômica, os investidores demonstraram desconforto com as medidas anunciadas pelo ministro da Economia, Luis Caputo, na última sexta-feira. O pacote econômico, descrito como a “segunda etapa do plano de estabilização”, prevê a transferência da dívida do Banco Central para o Tesouro, com o objetivo de eliminar o financiamento monetário do passivo, em consonância com as demandas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, a falta de clareza sobre a política cambial, particularmente em relação ao fim das restrições conhecidas como “cepo”, causou descontentamento nos mercados financeiros. Diversos veículos da imprensa local apontaram a ausência de um plano específico para lidar com essas questões, o que contribuiu para a incerteza e a volatilidade no câmbio argentino.
Com o dólar em alta, os argentinos e investidores aguardam por sinais claros do governo em relação às medidas econômicas e cambiais a serem adotadas para estabilizar a economia do país. A expectativa é de que as autoridades argentinas consigam transmitir segurança e solidez para acalmar os ânimos do mercado e retomar um cenário de crescimento econômico sustentável.
Nesse contexto de instabilidade econômica e cambial na Argentina, o desafio das autoridades será encontrar um equilíbrio entre as demandas internas e externas, promovendo uma política econômica sustentável e capaz de impulsionar o desenvolvimento do país.