Essas declarações repercutiram não apenas na Bolívia, mas também no Brasil, onde Milei planeja participar de um evento ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político de Lula. A tensão entre Milei e os governos de esquerda da região é evidente, com o presidente argentino baseando suas alegações em relatórios de inteligência e mantendo uma postura ultraliberal.
A indisposição entre Argentina e Bolívia resultou na convocação dos embaixadores de ambos os países para consultas, com críticas mútuas sobre as declarações feitas. Enquanto a Bolívia repudiou as declarações “inamistosas, temerárias, desinformadas e tendenciosas”, a Argentina sustentou a ideia de que a democracia boliviana está em perigo devido aos governos socialistas, que poderiam se transformar em ditaduras.
Por outro lado, Milei justificou sua ausência na cúpula do Mercosul por questões de agenda, mas confirmou sua presença no Brasil para a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), onde terá a oportunidade de discutir temas políticos ao lado de Bolsonaro. A expectativa é de que esse encontro gere ainda mais controvérsias e divergências de opiniões.