Presidente de associação de jogos relata pedido de propina de deputado durante CPI das apostas esportivas no Senado, diz ex-assessor da Fazenda.

O ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, José Francisco Manssur, compareceu à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado para prestar um depoimento explosivo. Manssur revelou que o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, teria relatado ter recebido pedidos de propina por parte do deputado Felipe Carreras (PSB-PE). Essa denúncia veio à tona através de uma reportagem da revista Veja, publicada em setembro de 2023.

Durante seu depoimento, Manssur também levantou dúvidas sobre a veracidade das acusações, apontando que o empresário estava sob o efeito de medicamentos no momento em que fez o relato. O ex-assessor destacou a falta de apresentação de provas concretas que corroborem as alegações feitas por Cardia, o que lança um véu de incerteza sobre a situação.

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado tem como objetivo investigar não apenas essas alegações de corrupção envolvendo autoridades políticas e empresários do setor de jogos, mas também possíveis esquemas de manipulação de resultados em competições esportivas. A revelação feita por Manssur adiciona mais um elemento de controvérsia a um cenário já marcado por suspeitas e acusações.

A relação entre política e jogos de azar sempre foi delicada, com o potencial de corrupção presente em atividades financeiramente lucrativas como essa. A denúncia feita por Wesley Cardia, se comprovada, pode ter consequências sérias para a reputação e carreira do deputado Felipe Carreras, além de levantar questões sobre a integridade do sistema de jogos e apostas esportivas no país.

Diante de tantas incertezas e acusações, a CPI terá a difícil tarefa de investigar a fundo essas denúncias, buscando evidências concretas que possam respaldar ou refutar as alegações feitas. O resultado dessas investigações terá um impacto significativo não apenas no cenário político e empresarial, mas também na confiança da população em relação às instituições responsáveis por regular e fiscalizar esse setor tão controverso.

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