Promotores de Manhattan aceitam pedido de adiamento da sentença de Trump enquanto buscam anular a condenação após decisão da Suprema Corte.

Os promotores de Manhattan decidiram nesta terça-feira, 2, não contestar o pedido de adiamento da sentença feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no caso dos pagamentos ilegais de campanha. Esta decisão ocorre depois de uma determinação da Suprema Corte que concedeu amplas proteções de imunidade aos presidentes. Em uma carta submetida ao tribunal de Nova York, os membros do gabinete do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, expressaram sua abertura para adiar a sentença por duas semanas, da data originalmente marcada para 11 de julho. Isso permitiria que pudessem responder às moções apresentadas por Trump.

“Ainda que acreditemos que os argumentos do réu não têm méritos, não nos opomos ao seu pedido de adiamento da sentença para aguardar a decisão sobre a moção”, afirmaram os promotores na carta. Essa posição foi tomada um dia após o advogado de Trump solicitar ao juiz a postergação da sentença para analisar como a decisão da Suprema Corte poderia afetar o caso em Nova York.

Os advogados de Trump argumentam que a decisão da Suprema Corte confirmou uma posição anteriormente levantada pela defesa, alegando que os promotores não poderiam apresentar certas evidências que, segundo a equipe de Trump, representavam atos presidenciais oficiais. Dessa forma, a questão sobre os limites de atuação dos promotores em relação a um ex-presidente tem sido central nesse caso.

Diante desse contexto, o adiamento da sentença solicitado por Trump é visto como uma estratégia para explorar os desdobramentos da decisão da Suprema Corte e, possivelmente, tentar anular a condenação no caso dos pagamentos ilegais de campanha. A incerteza sobre o desfecho final desta situação reforça a tensão em torno do ex-presidente e do sistema judiciário nos Estados Unidos.

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