Além da IA, outros quatro eixos temáticos foram abordados no documento final: bioeconomia, transição energética, desafios da saúde e justiça social. A presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, conduziu o evento sob o lema “Ciência para a transformação mundial”, ressaltando a importância de o Brasil liderar o processo e buscar reduzir as desigualdades entre os ocupantes do G20.
No eixo da inteligência artificial, as principais recomendações incluem a criação de políticas flexíveis e adaptáveis, fundamentadas em princípios éticos compartilhados para garantir a inovação e reduzir os riscos sociais. Para a bioeconomia, as recomendações visam chegar a um consenso sobre seu papel na mitigação de problemas como mudanças climáticas e pobreza.
No tema da transição energética, o documento orienta os países a basearem seus esforços em fontes de energia com baixas emissões. Já os desafios da saúde destacam a importância do acesso global a vacinas e medicamentos essenciais, enquanto a justiça social propõe a expansão da infraestrutura de acesso à internet e o aumento da alfabetização digital.
Representantes de diversas Academias de Ciências, incluindo países como Alemanha, China, Estados Unidos e Reino Unido, estiveram presentes na Cúpula do S20, que contou com o apoio financeiro da FINEP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Criado em 2017, o S20 atua como grupo de engajamento do G20 para a área de ciência e tecnologia, realizando debates anuais coordenados pela academia de ciências do país que preside o G20.