Surto de Hepatite A em Curitiba atinge números alarmantes: 366 casos em 2024, com aumento de 7.220% em relação ao ano anterior.

A cidade de Curitiba, no Paraná, vem enfrentando um preocupante surto de hepatite A, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) nesta segunda-feira. O relatório aponta um aumento alarmante de casos da infecção viral em comparação com o ano anterior.

Nos últimos sete dias, foram registrados 13 novos casos de hepatite A em Curitiba, elevando o total de casos em 2024 para 366. Em contraste, no mesmo período do ano passado, apenas 5 casos foram confirmados, revelando um aumento significativo de 7.220%. Além dos novos diagnósticos, a capital paranaense também registrou 5 óbitos e um transplante de fígado decorrente da doença.

Segundo a SMS, 60% dos pacientes afetados pelo surto atual necessitaram de internação, e 3,2% precisaram de cuidados em unidades de terapia intensiva (UTI). Um inquérito epidemiológico realizado pela SMS em parceria com o Programa de Epidemiologia Aplicada do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) identificou que a transmissão da hepatite A tem ocorrido principalmente entre pessoas, com destaque para a contaminação por meio de relações sexuais. A maioria dos diagnósticos foi em homens com idades entre 20 e 39 anos.

O diretor do Centro Municipal de Epidemiologia de Curitiba, Alcides Oliveira, destacou a importância da adoção de medidas preventivas, como a higienização das mãos, genitália e região anal antes e após as relações sexuais. A disseminação da hepatite A pode ser evitada com a vacinação, que é uma das principais estratégias de prevenção para doenças virais. A eficácia do imunizante é alta, mas a cobertura vacinal ainda não atingiu a meta recomendada de 95%.

Diante do cenário de surto, a SMS aguarda a chegada de novas doses de vacinas para imunizar os contatos familiares e sexuais daqueles que foram diagnosticados com hepatite A nos últimos 15 dias. A estratégia de vacinação será definida em breve e aplicada assim que os imunizantes estiverem disponíveis. Medidas preventivas adicionais para evitar a hepatite A incluem o uso de preservativos durante as relações sexuais, a higienização adequada das mãos e a ingestão de alimentos seguros.

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