Cirurgião de Curitiba salva homem de 41 anos com osteomielite fúngica rara no maxilar usando células-tronco em procedimento inovador.

Um caso raro de osteomielite fúngica no maxilar, causado por mucormicose, chocou a comunidade médica no estado do Paraná. O paciente, um homem de 41 anos residente em São Lourenço do Oeste (SC), foi atendido pelo cirurgião maxilo-facial André Zétola, do Instituto Zétola, em Curitiba. A doença, que rapidamente causa necrose nos ossos do paciente, normalmente atinge o sistema nervoso central, chegando ao cérebro e resultando na morte do indivíduo em um curto período de tempo.

O tratamento bem-sucedido utilizando células-tronco chamou a atenção dos profissionais de saúde internacionalmente, tornando-se objeto de estudo para especialistas de todo o mundo. O Dr. Zétola destacou a importância de um diagnóstico precoce e de uma ação imediata dos cirurgiões para combater a infecção.

O paciente, identificado como Ricardo Fratin, emocionou-se ao relatar a rapidez com que foi atendido, o que foi crucial para salvar sua vida. Fratin chegou a Curitiba muito debilitado, mas foi prontamente atendido pela equipe médica, que o encaminhou para os procedimentos necessários, incluindo uma cirurgia de reconstrução do maxilar.

A mucormicose é uma doença extremamente rara e agressiva, com alta taxa de mortalidade. No Brasil, foram registrados 157 casos de mucormicose de janeiro de 2018 a junho de 2021, refletindo a gravidade e a escassez de casos dessa condição no país.

O sucesso do tratamento utilizando células-tronco é um marco significativo no campo da odontologia e da cirurgia maxilofacial. O caso do paciente Ricardo se tornou objeto de estudo internacional e foi publicado na revista científica Journal of Contemporary Diseases and Advanced Medicine (JCDAM).

A utilização inovadora das células-tronco pelo Dr. Zétola possibilitou a regeneração do osso maxilar do paciente, devolvendo-lhe não só a saúde física, mas também a autoestima, visto o impacto devastador que a doença teve em sua estrutura facial. Este caso exemplifica a importância da pesquisa e da inovação médica no tratamento de condições raras e fatais.

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